quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mudar por influência ou consciência?


A história evidencia o papel importante da humanidade na tomada de seus rumos. É por ela e para ela que todas as coisas acontecem, atuando, portanto, com objetivo comunitário, grande determinante das ações individuais, posto que o indivíduo age em função do coletivo.
Nota-se em muitos casos uma paralisação do coletivo, uma espécie de conformidade as situações criadas por certos indivíduos amparados por algum sistema. Nessa atitude de conformismo todos agem igualmente, não no sentido de igualdade, mas no trágico sentido de uniformidade, em que se regula tudo, inclusive a faculdade pensante de cada pessoa, fazendo que o conjunto subsista tal qual seja a idéia dos que o domina.
A situação permanece intacta até se desperte para algum problema que flagele os que a ela estão sujeitos. Não raras vezes, um ou outro indivíduo sente a necessidade de mudança, ir além, ousar transpor as barreiras, e, nessa sua proposição corre riscos, ora de ser ignorado e excluído, ora de ser aceito descontroladamente e se ver na mesma situação de dominação, sendo ele, agora, o dominador, ou pior, gerando uma situação da qual não dá conta e voltam todos ao sistema que os oprimia anteriormente.
Isso se explica facilmente. Nem todos estão preparados para mudar. Mudança exige consciência da migração de uma situação conhecida a uma nova e, enquanto não se torne realidade, até utópica. Quem aceita mudar pela influência que recebe e não pela consciência que constrói e, por conseqüência, possui, não faz outra coisa senão dar as costas à realidade em que vive e submeter-se a um sistema não condizente as suas possibilidades.
É natural que quem se embale nessas propostas de revolução, cedo ou tarde, perca o sentido daquilo que idealizou e se frustre. Na busca concreta de uma mudança é preciso que cada um seja responsável por sua constante inovação e motivação, para que sempre exista um sentimento, e mais que isso, uma certeza, de que não se está preso a nenhum sistema dominador, mas sim, sinta-se integrante de uma sociedade de povo livre e capaz de determinar os rumos de sua história, construída a partir daquilo que se acredita e, por isso, luta-se para conquistar... conscientemente!