
Falar de evolução supõe falar de modelos. As referências evolução e involução estão contantemente em diálogo. Na filosofia, por exemplo, há quem diga que evoluiu até chegar a Aristóteles, no século III a.C., havendo a partir de Platão e Aristóteles apenas comentadores de filosofia. No entanto, o pensamento filósofico teve grandes contribuições, tanto no pensamento cristão medieval, quanto nas linhas racionalistas e empiristas modernas, chegando às diversas discussões fenomenológicas e existenciais da atualidade.
As ciências, que tiveram campo aberto com as aventuras científicas de muitos inquiridos queimados e principalmente com o fim da inquisição, representam não só um avanço em si, mas aliam-se também aos avanços da religião, que se tornou tolerante quanto à pesquisa e descobertas científicas afirmadas. Cientistas e crentes dialogam com maturidade as diversas questões científicas relacionadas à vida humana permitindo que a ciência use dos valores éticos em vista de defender e preservar a vida, assim como que o crente tenha uma convicção baseada em dados racionais de que a fé que professa é verdadeira e útil à sua existência.
As tecnologias também sinalizam a evolução dos tempos. Lembrando Marshall McLuhan, os homem faz dos aparatos tecnológicos extensões de si próprio. Ou seja, pelos recursos metereológicos, o homem que não é capaz de avistar ao longe as chuvas que chegaqrão, as prevê; pelos astrológicos, conhece planetas e astros aos quais não pode ir; pelos eletrodomésticos, maximiza as atividades da própria casa e assim por diante.
O caso é que o homem é mesmo capaz de criar e de adaptar-se à sua criação. Aliás, uns criam e outros atualizam os objetos criados – recriação – de modo a toda a sociedade beneficiar-se direta ou indiretamente. O pensamento filosófico, o diálogo científico-religioso e as tecnologias ilustram o eterno devir clássico, traduzido nos dias atuais.
Cláudio Geraldo da Silva
Trabalho apresentado à disciplina Filosofia da Ciência - professor Geraldo Carvalho. SDNSR