O presente trabalho surge na tentativa de apresentar alguns nomes significativos na história da filosofia, como: Platão, Aristóteles, Habermas e Hegel para, de forma objetiva, expor a importância da filosofia da linguagem que é uma reflexão que coincide com a do ser.
Assim, afirmar que a questão da linguagem não surge como problema de hoje, é também afirmar que ao longo de sua existência, desde o início da articulação do aparelho vocal humano, quando este começou a comunicar-se organizando e dando significado aos sons, até a massiva presença das infomídias hoje, a linguagem assumiu primordial preocupação na tentativa de maximizar as relações interpessoais.
Tal abordagem do tema se dá, portanto, pela importância que a linguagem representa na vida do ser humano, pois é através dela que o homem conhece o universo e se faz conhecer.
A filosofia da linguagem abordada, como veremos, foi modelada por grandes estudiosos. Ao longo da história sua identificação mudou; para os gregos era vista como uma verdade, para a contemporaneidade é vista como instrumento de comunicação.
Mesmo em tempos distintos de sua abordagem, a questão da linguagem perdura como uma preocupação do homem que, é ao mesmo tempo, ser pensante, filosófico e comunicativo, por natureza.
Platão: O nome dos seres
De acordo com Ribeiro (2006), Platão foi o primeiro filósofo a tentar conciliar o natural e o convencional, antes dele essas duas correntes, uma que considera que exista naturalmente a denominação de cada um dos seres, atribuída a Parmênides, e a outra que afirma a convenção de significado aos seres, de origem nos sofistas, opunham-se entre si. A conciliação de Platão chega, pelas duas teses, às mesmas conclusões que levam à busca do conhecimento das coisas, por elas mesmas e não pelos seus nomes.
Para Guimarães (1990), a originalidade de Platão consiste na afirmação de que o significado precede o significante. O significado, enquanto significado mental, é anterior ao significante, pois instala-se num plano privilegiado e dominador: o plano das ideias. Diz ainda que os nomes surgem a partir de um legislador que é, ao mesmo tempo, um nomeador. Pois, ele observa a coisa em si, para chegar a ela. Esse legislador passa a funcionar na filosofia da linguagem como o demiurgo na concepção da criação platônica.
Ao estudar os conceitos de letras e fonemas, Platão inicia o estudo das sílabas, que formam os nomes e os verbos. Apresenta-se aqui a gramática. Platão foi o primeiro a estabelecer a distinção gramatical e a misturar algumas considerações linguísticas e lógicas, lançando as sementes para o pensamento aristotélico.
Aristóteles: Lógica material
Aristóteles desenvolve seu pensamento em extensão, não apenas por sua ânsia de abranger todos os saberes, mas porque, ao contrário de seu mestre, se volta particularmente para as dificuldades que a contradição entre a necessidade de estudar o individual e contingente e o fato de que somente um saber universal pode ser um saber verdadeiro levantam para a explicação do mundo.
A dialética, segundo Aristóteles, assim como a sofística, uma aparência da filosofia, tem um viés estritamente positivo. Em vez dela, deve ser elaborado um instrumento para o saber que mostre sua eficácia em todos os aspectos e não apenas crítico.
Ao pregar tal doutrina (lógica material), Aristóteles completa esse cerco ou abordagem do objeto que fora primitivamente proposto o que tendia, sobretudo, a evitar que ele escapasse pelas amplas brechas dialéticas da definição em uso; o objeto fica, com efeito, aprisionado, em primeiro lugar pela demarcação dos atributos e principalmente pela, desde então clássica, definição pelo gênero próximo e pela diferença específica.
Mas ele fica também aprisionado porque a categoria situa o objeto e o faz entrar numa rede conceitual que vai se aproximando cada vez mais de seus princípios últimos. Essas categorias expressam em grande parte, como é notório, a estrutura gramatical das proposições, mas fazem-no não tanto porque Aristóteles tinha levado em conta a linguagem própria para a sua formação, mas porque desde então a linguagem própria ficou gramaticalmente articulada segundo as categorias aristotélicas.
Hegel: Linguagem do absoluto
De acordo com Cossetin (2009), a filosofia da linguagem em Hegel parte da sua elaboração de um sistema filosófico tomado como necessário a partir da sua recusa a todo Absoluto intuído ou declarado sem uma profunda reflexão.
A ideia daí decorrente é que a possibilidade de inteligibilidade deste Absoluto é correlata à possibilidade de sua exposição. Ou seja, na filosofia hegeliana, a necessidade inerente ao Absoluto, que precisa alcançar sua identidade plena, encontra na linguagem o papel inequívoco de mediadora entre o sensível e o inteligível.
Isso observou Hegel dentro da colocação da linguagem no conhecimento: na Antropologia, pela voz, o homem diferencia-se de seu ser animal; na Psicologia, pelo signo lingüístico, a inteligência ascende ao pensamento onde não mantém mais nenhuma dependência do mundo de objetos e lida apenas com suas próprias determinações; e, na Fenomenologia, a linguagem reverte a crença da consciência no acesso imediato e singularizado ao objeto, conduzindo-a até o Saber Absoluto. O resultado disso é que, na Lógica, a pressuposição lingüística das categorias da qual ela parte e a linguagem finita pela qual ela se expõe, precisam ser superadas devido à incondicionalidade do pensamento puro.
Aparece aqui a dualidade entre pensamento e linguagem: como a linguagem pode exprimir um absoluto, se o pensamento só pode ser realmente absoluto liberando-se dessa linguagem finita, marcada por traços infinitos de diferentes possibilidades? Para Hegel, o pensamento abrange extensões muito maiores que a linguagem pode abarcar.
A filosofia da linguagem em Hegel coloca-se então dividida: de um lado, assumindo uma linguagem finita como necessária ao pleno desenvolvimento e exposição do sistema do pensamento puro e, de outro lado, exigindo apriorismo do pensamento puro, logo, tendo que abandonar esta suposta condicionalidade linguística.
Jürgen Habermas: A Teoria da Ação Comunicativa
Um dos mais importantes filósofos alemães do século XX, Habermas tem a noção de interesse em destaque no seu pensamento. Habermas parte do pressuposto que todo o conhecimento é induzido ou dirigido por interesses.
Segundo Helda, os interesses são estruturados por processos de aprendizagem e compreensão mútua. É neste contexto que Habermas afirma o princípio da racionalidade dos interesses.
Todo o seu pensamento aponta, assim, para uma autorreflexão da espécie humana, cuja história natural vai fazendo conhecer os níveis de racionalidade que a mesma atinge.
Na Teoria de Ação Comunicativa, Habermas defende que no uso da linguagem, presume-se que ela pode ser justificada em quatro níveis de validade, nos quais se encaixando considera não distorcida:
• O que é dito é inteligível, ou seja, a utilização de regras semânticas inteligível pelos outros;
• Que o conteúdo do que é dito é verdadeiro;
• Que o emissor justifica-se por certos direitos sociais ou normas que são invocadas no uso de idioma;
• Que o emissor é sincero no que diz, não tentando enganar o receptor.
Quando uma das regras é violada, ou seja, o locutor está mentindo, então a comunicação está distorcida. Esta teoria de comunicação tem muitas implicações, inclusive uma definição de verdade de caráter universal.
Assim, segundo Ghiraldelli, a filosofia da linguagem em Habermas, parte do pressuposto de que a linguagem, independentemente de ser tomada como inata ou aprendida, é um conjunto de práticas compartilhadas pelos seus usuários. E, de acordo com Huismam, é dentro dessa problematização do conhecimento e do interesse, que Habermas confere à epistemologia das ciências humanas o sentido ampliado de lógica das ciências que não se separa de uma teoria do conhecimento.
Em tudo isso, nota-se em Habermas a continuidade da tradição filosófica de língua alemã, mas reforça a orientação universitária e científica da teoria crítica da filosofia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De fato a questão da linguagem marcou diversos nomes e momentos da filosofia. Muitos outros filósofos, além dos aqui usados, poderiam ter essa temática desenvolvida neste trabalho, como Guilherme de Ockam, Saussure, Wittgenstein, Althusser, Bakhtin, Eco e outros.
Nestes usados no trabalho nota-se que a linguagem como característica humana se faz notar por si mesma de forma tão eficaz, que entra em todas as tentativas de determinação da natureza humana, sendo indissociável das questões do homem.
A repercussão desses pensadores muito provavelmente está manifesta nos estudos e trabalhos da semiologia e mesmo da própria semiótica. A questão do nome dos seres, que embora seja convencional a algum padrão pré-estabelecido, impulsiona a pesquisa no sentido de concluir a que critérios tais convenções remetem, qual a relação signo-significado presente nos mais variados nomes e que representação real os signos fazem de seu referente? É o tradicional exemplo da semiologia: Pode a palavra casa, usada como vocábulo, exprimir exatamente aquilo a que faz referência? Trata-se de um casebre ou de um palácio?
As questões de Platão sobre a origem dos nomes e a de Aristóteles sobre a organização lógica deles são tão pertinentes quantos as de Hegel acerca da possibilidade de significação absoluta e a de Habermas quanto à veracidade da informação. Isso porque com o desenvolvimento das ciências muito se foi conhecendo desse fenômeno linguístico-comunicacional e tais questões, embora eternas, evoluíram-se.
O importante talvez seja notar que, mesmo em meio a tudo isso, a linguagem permanece uma questão de estudos e que seu conhecimento colabora em grande escala para o entendimento da sociedade que progride a cada dia, criando novas formas de comunicar-se e promovendo um constante diálogo entre o culto e o informal.
Cláudio Geraldo
Josimar Franco
Apresentado à Filosofia da Linguagem. prof. José Raul dos Santos Oliveira. SDNSR.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSSETIN, Vânia Lisa Fischer. O problema da linguagem no sistema hegeliano: O paradoxo do absoluto incondicionado e exprimível. Programa de pós-graduação em filosofia – PUCRS. Porto Alegre, 2007.
______. Vânia Lisa Fischer. A recusa regeliana de todo o absoluto. Disponível em: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/29498897.html, acessado em 25 ago.2009.
GHIRADELLI JR, Paulo. Há um Davidson entre Habermas e Rorty.
GUIMARÃES, Mirna Botelho de Barros. A filosofia da linguagem nos gregos. In Revista Brasileira de Filosofia. São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia. Vol. 39, 1990. p. 334 – 345.
HELDA. A teoria da ação comunicativa. Disponível em: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070422094209AAIUed3. Acesso em: 25 ago. 2009.
RIBEIRO, André Antônio. A Filosofia da linguagem em Platão. Programa de pós-graduação – PUCRS. Porto Alegre, 2006.
Assim, afirmar que a questão da linguagem não surge como problema de hoje, é também afirmar que ao longo de sua existência, desde o início da articulação do aparelho vocal humano, quando este começou a comunicar-se organizando e dando significado aos sons, até a massiva presença das infomídias hoje, a linguagem assumiu primordial preocupação na tentativa de maximizar as relações interpessoais.
Tal abordagem do tema se dá, portanto, pela importância que a linguagem representa na vida do ser humano, pois é através dela que o homem conhece o universo e se faz conhecer.
A filosofia da linguagem abordada, como veremos, foi modelada por grandes estudiosos. Ao longo da história sua identificação mudou; para os gregos era vista como uma verdade, para a contemporaneidade é vista como instrumento de comunicação.
Mesmo em tempos distintos de sua abordagem, a questão da linguagem perdura como uma preocupação do homem que, é ao mesmo tempo, ser pensante, filosófico e comunicativo, por natureza.
Platão: O nome dos seres
De acordo com Ribeiro (2006), Platão foi o primeiro filósofo a tentar conciliar o natural e o convencional, antes dele essas duas correntes, uma que considera que exista naturalmente a denominação de cada um dos seres, atribuída a Parmênides, e a outra que afirma a convenção de significado aos seres, de origem nos sofistas, opunham-se entre si. A conciliação de Platão chega, pelas duas teses, às mesmas conclusões que levam à busca do conhecimento das coisas, por elas mesmas e não pelos seus nomes.
Para Guimarães (1990), a originalidade de Platão consiste na afirmação de que o significado precede o significante. O significado, enquanto significado mental, é anterior ao significante, pois instala-se num plano privilegiado e dominador: o plano das ideias. Diz ainda que os nomes surgem a partir de um legislador que é, ao mesmo tempo, um nomeador. Pois, ele observa a coisa em si, para chegar a ela. Esse legislador passa a funcionar na filosofia da linguagem como o demiurgo na concepção da criação platônica.
Ao estudar os conceitos de letras e fonemas, Platão inicia o estudo das sílabas, que formam os nomes e os verbos. Apresenta-se aqui a gramática. Platão foi o primeiro a estabelecer a distinção gramatical e a misturar algumas considerações linguísticas e lógicas, lançando as sementes para o pensamento aristotélico.
Aristóteles: Lógica material
Aristóteles desenvolve seu pensamento em extensão, não apenas por sua ânsia de abranger todos os saberes, mas porque, ao contrário de seu mestre, se volta particularmente para as dificuldades que a contradição entre a necessidade de estudar o individual e contingente e o fato de que somente um saber universal pode ser um saber verdadeiro levantam para a explicação do mundo.
A dialética, segundo Aristóteles, assim como a sofística, uma aparência da filosofia, tem um viés estritamente positivo. Em vez dela, deve ser elaborado um instrumento para o saber que mostre sua eficácia em todos os aspectos e não apenas crítico.
Ao pregar tal doutrina (lógica material), Aristóteles completa esse cerco ou abordagem do objeto que fora primitivamente proposto o que tendia, sobretudo, a evitar que ele escapasse pelas amplas brechas dialéticas da definição em uso; o objeto fica, com efeito, aprisionado, em primeiro lugar pela demarcação dos atributos e principalmente pela, desde então clássica, definição pelo gênero próximo e pela diferença específica.
Mas ele fica também aprisionado porque a categoria situa o objeto e o faz entrar numa rede conceitual que vai se aproximando cada vez mais de seus princípios últimos. Essas categorias expressam em grande parte, como é notório, a estrutura gramatical das proposições, mas fazem-no não tanto porque Aristóteles tinha levado em conta a linguagem própria para a sua formação, mas porque desde então a linguagem própria ficou gramaticalmente articulada segundo as categorias aristotélicas.
Hegel: Linguagem do absoluto
De acordo com Cossetin (2009), a filosofia da linguagem em Hegel parte da sua elaboração de um sistema filosófico tomado como necessário a partir da sua recusa a todo Absoluto intuído ou declarado sem uma profunda reflexão.
A ideia daí decorrente é que a possibilidade de inteligibilidade deste Absoluto é correlata à possibilidade de sua exposição. Ou seja, na filosofia hegeliana, a necessidade inerente ao Absoluto, que precisa alcançar sua identidade plena, encontra na linguagem o papel inequívoco de mediadora entre o sensível e o inteligível.
Isso observou Hegel dentro da colocação da linguagem no conhecimento: na Antropologia, pela voz, o homem diferencia-se de seu ser animal; na Psicologia, pelo signo lingüístico, a inteligência ascende ao pensamento onde não mantém mais nenhuma dependência do mundo de objetos e lida apenas com suas próprias determinações; e, na Fenomenologia, a linguagem reverte a crença da consciência no acesso imediato e singularizado ao objeto, conduzindo-a até o Saber Absoluto. O resultado disso é que, na Lógica, a pressuposição lingüística das categorias da qual ela parte e a linguagem finita pela qual ela se expõe, precisam ser superadas devido à incondicionalidade do pensamento puro.
Aparece aqui a dualidade entre pensamento e linguagem: como a linguagem pode exprimir um absoluto, se o pensamento só pode ser realmente absoluto liberando-se dessa linguagem finita, marcada por traços infinitos de diferentes possibilidades? Para Hegel, o pensamento abrange extensões muito maiores que a linguagem pode abarcar.
A filosofia da linguagem em Hegel coloca-se então dividida: de um lado, assumindo uma linguagem finita como necessária ao pleno desenvolvimento e exposição do sistema do pensamento puro e, de outro lado, exigindo apriorismo do pensamento puro, logo, tendo que abandonar esta suposta condicionalidade linguística.
Jürgen Habermas: A Teoria da Ação Comunicativa
Um dos mais importantes filósofos alemães do século XX, Habermas tem a noção de interesse em destaque no seu pensamento. Habermas parte do pressuposto que todo o conhecimento é induzido ou dirigido por interesses.
Segundo Helda, os interesses são estruturados por processos de aprendizagem e compreensão mútua. É neste contexto que Habermas afirma o princípio da racionalidade dos interesses.
Todo o seu pensamento aponta, assim, para uma autorreflexão da espécie humana, cuja história natural vai fazendo conhecer os níveis de racionalidade que a mesma atinge.
Na Teoria de Ação Comunicativa, Habermas defende que no uso da linguagem, presume-se que ela pode ser justificada em quatro níveis de validade, nos quais se encaixando considera não distorcida:
• O que é dito é inteligível, ou seja, a utilização de regras semânticas inteligível pelos outros;
• Que o conteúdo do que é dito é verdadeiro;
• Que o emissor justifica-se por certos direitos sociais ou normas que são invocadas no uso de idioma;
• Que o emissor é sincero no que diz, não tentando enganar o receptor.
Quando uma das regras é violada, ou seja, o locutor está mentindo, então a comunicação está distorcida. Esta teoria de comunicação tem muitas implicações, inclusive uma definição de verdade de caráter universal.
Assim, segundo Ghiraldelli, a filosofia da linguagem em Habermas, parte do pressuposto de que a linguagem, independentemente de ser tomada como inata ou aprendida, é um conjunto de práticas compartilhadas pelos seus usuários. E, de acordo com Huismam, é dentro dessa problematização do conhecimento e do interesse, que Habermas confere à epistemologia das ciências humanas o sentido ampliado de lógica das ciências que não se separa de uma teoria do conhecimento.
Em tudo isso, nota-se em Habermas a continuidade da tradição filosófica de língua alemã, mas reforça a orientação universitária e científica da teoria crítica da filosofia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De fato a questão da linguagem marcou diversos nomes e momentos da filosofia. Muitos outros filósofos, além dos aqui usados, poderiam ter essa temática desenvolvida neste trabalho, como Guilherme de Ockam, Saussure, Wittgenstein, Althusser, Bakhtin, Eco e outros.
Nestes usados no trabalho nota-se que a linguagem como característica humana se faz notar por si mesma de forma tão eficaz, que entra em todas as tentativas de determinação da natureza humana, sendo indissociável das questões do homem.
A repercussão desses pensadores muito provavelmente está manifesta nos estudos e trabalhos da semiologia e mesmo da própria semiótica. A questão do nome dos seres, que embora seja convencional a algum padrão pré-estabelecido, impulsiona a pesquisa no sentido de concluir a que critérios tais convenções remetem, qual a relação signo-significado presente nos mais variados nomes e que representação real os signos fazem de seu referente? É o tradicional exemplo da semiologia: Pode a palavra casa, usada como vocábulo, exprimir exatamente aquilo a que faz referência? Trata-se de um casebre ou de um palácio?
As questões de Platão sobre a origem dos nomes e a de Aristóteles sobre a organização lógica deles são tão pertinentes quantos as de Hegel acerca da possibilidade de significação absoluta e a de Habermas quanto à veracidade da informação. Isso porque com o desenvolvimento das ciências muito se foi conhecendo desse fenômeno linguístico-comunicacional e tais questões, embora eternas, evoluíram-se.
O importante talvez seja notar que, mesmo em meio a tudo isso, a linguagem permanece uma questão de estudos e que seu conhecimento colabora em grande escala para o entendimento da sociedade que progride a cada dia, criando novas formas de comunicar-se e promovendo um constante diálogo entre o culto e o informal.
Cláudio Geraldo
Josimar Franco
Apresentado à Filosofia da Linguagem. prof. José Raul dos Santos Oliveira. SDNSR.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSSETIN, Vânia Lisa Fischer. O problema da linguagem no sistema hegeliano: O paradoxo do absoluto incondicionado e exprimível. Programa de pós-graduação em filosofia – PUCRS. Porto Alegre, 2007.
______. Vânia Lisa Fischer. A recusa regeliana de todo o absoluto. Disponível em: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/29498897.html, acessado em 25 ago.2009.
GHIRADELLI JR, Paulo. Há um Davidson entre Habermas e Rorty.
GUIMARÃES, Mirna Botelho de Barros. A filosofia da linguagem nos gregos. In Revista Brasileira de Filosofia. São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia. Vol. 39, 1990. p. 334 – 345.
HELDA. A teoria da ação comunicativa. Disponível em: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070422094209AAIUed3. Acesso em: 25 ago. 2009.
RIBEIRO, André Antônio. A Filosofia da linguagem em Platão. Programa de pós-graduação – PUCRS. Porto Alegre, 2006.